A montagem, que se pretende um musical, caminhará com o menino pelos diversos locais por onde ele passa, desde a sua saída da aldeia, até o encontro da flor que definhava.
Sete atores comporão a cena, cantando e dançando a história desse menino. Seis deles representarão as diversas personagens que travarão contato com o menino na sua longa caminhada. Pelo trajeto, ele se encontrará com rios, animais, seres mitológicos, rumo ao rio Nilo, único capaz de reanimar, com sua água, a flor adormecida.
Todos esses seres serão representados por atores e/ou bonecos gigantes, estes também manipulados pelos atores, para a composição do clima de mistério e magia que o texto exige. A música terá papel preponderante na trama, revelando as novas trilhas que serão seguidas e reafirmando os problemas encontrados pelo menino.
Os problemas serão relacionados a questões sociais e ecológicas e se constituirão em barreiras, empecilhos, que ajudarão a compor o conflito básico do texto dramático.
Para isso também contribuirão o cenário e o figurino, o primeiro não realista, mas impulsionador do clima mágico da encenação, e o segundo uma recriação do universo português, onde a história começa, e brasileiro, território por onde ela certamente passará.
Já a iluminação recriará, com cores bem definidas, os diferentes ambientes visitados, desde os verdejantes campos, bosques e extensos olivais da aldeia e suas circunvizinhanças até os climas áridos dos desertos onde a flor repousa, ou mesmo as terras frias por onde o menino andará na sua busca pela água que a salvará.
Por fim, a direção pretende fazer com que a interpretação dos atores acompanhe todo o clima lúdico criado pelos outros elementos cênicos, privilegiando uma forma de atuação não realista, mas que ressalte um gestual e uma entonação que alcance o interesse do espectador mirim, fazendo-o parte integrante da trama, através de uma participação quase direta na sua construção.
